quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Caso do menino João Pedro mobiliza busca por doadores de medula óssea via redes sociais



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: HORA DE SANTA CATARINA Imagem: Guto Kuerten (Agencia RBS)

A luta contra a leucemia e a trajetória de superação do menino João Pedro de Aguiar da Cunha, que ganhou a internet em texto, foto e vídeo no início desta semana, não emocionou só amigos, familiares e funcionários do Hospital Celso Ramos, onde o garoto de 15 anos faz tratamento. No fim da noite de terça-feira, veio das redes sociais mais um ato de solidariedade para ajudar o menino, o "cara das pipas" do Colégio de Aplicação da UFSC, em Florianópolis.
O evento no Facebook recebeu o nome de "Mutirão para encontrarmos o doador do João Pedro" e convida que o maior número de doadores possível compareça ao Hemosc da Capital no dia 12 de setembro, das 8h às 12h30min, para cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Até 20h30min desta quarta, mais de 1,5 mil pessoas já tinham confirmado presença.
A ação foi criada pelo casal de namorados Daniela Guarezi e Ruan Felippo, depois que eles viram o vídeo do repórter fotográfico Guto Kuerten, do Diário Catarinense, que trouxe um pouco da história de João Pedro.
Daniela conta a situação foi especial porque ela já viveu na própria família uma situação semelhante. Ela precisou fazer um trabalho na faculdade sobre algo que tivesse tocado a sua vida, e Daniela decidiu produzir um vídeo sobre um primo que teve leucemia aos 11 anos.
A gravação sensibilizou toda a família de Daniela e, no fim, o primo dela conseguiu um transplante a partir de um cordão umbilical dos Estados Unidos.
— Hoje meu primo tem 22 anos e está curado da leucemia, mas foi uma luta. Quando meu namorado viu sobre o João, disse que precisávamos fazer alguma coisa e não só compartilhar o vídeo. Não conhecemos o João e mesmo sabendo que as chances de compatibilidade não são muito grandes, quanto mais gente pudermos mobilizar, mais cadastros serão feitos com possibilidade de salvar outras vidas também — destaca Daniela.
O mutirão
O mutirão está sendo programado para o dia 12 de setembro — segundo sábado do mês, quando o horário de atendimento do Hemosc é das 8h às 12h30min. O endereço é a Avenida Othon Gama D'Eça, 756, Centro de Florianópolis. Todos os tipos de sangue podem participar, já que as doações, mesmo se não forem compatíveis com João Pedro, podem ajudar outras pessoas na mesma situação.
De segunda a sexta-feira, o atendimento no Hemosc é das 7h15min às 18h30min. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos, e com boas condições de saúde, pode fazer o cadastro. Mais informações no site do Hemosc.
O tratamento de João
O melhor soltador de pipa da escola Aplicação encontra-se internado para mais uma batalha contra a leucemia na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Cepon, localizada dentro do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis. Inseparável, a mãe de João Pedro acompanha o adolescente durante o tratamento. O primeiro diagnóstico da doença veio um dia depois de o menino completar 13 anos.
— No começo ele não estava aceitando muito. Mas agora está confiante de que vai dar certo o tratamento e que vai obter o transplante — diz a mãe.
O transplante
A doença que atinge o João é leucemia linfocítica aguda.
— As células do sangue, os linfócitos, por algum motivo que não sabemos explicar, se reproduzem de forma desordenada, fazendo que as células infiltrem ou substituem a medula óssea dele pelas células de doença, diminuindo a imunidade. O tratamento é iniciado com quimioterapia e, com a disponibilidade do doador, o transplante de medula óssea. Ele está em tratamento intensivo e monitorado 24 horas. São várias internações — explica o hematologista Mateus Dal Pont. 

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