sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Rádio Najuá promove novo reencontro familiar



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) Imagem: Bete Budel (Rádio Najuá)

Em menos de um mês, a Rádio Najuá volta a ser palco de um emocionante reencontro. O caso de Gilberto Vieira Duarte, que viajou 2.200 km desde Campo Novo dos Parecis (MT) até Irati para conhecer a filha Maria Edenise Nesbeniak, poucos dias antes de ela completar 17 anos, há duas semanas, estimulou diversos ouvintes a entrarem em contato com a rádio em busca de familiares desaparecidos.
Desta vez, a rapidez com que o reencontro ocorreu surpreendeu: em menos de meia hora, a mãe biológica da ouvinte Josiane Pauluk, de Guarapuava, já estava na recepção da Najuá querendo o telefone da filha. Josiane enviou e-mail para a Najuá na segunda (3). No texto, ela contava que procurava pela mãe biológica, chamada Olinda Ferreira, filha de Sebastião Justino e Josefa.
Josiane informava no e-mail também que a mãe biológica nasceu em Irati, mas tinha ido viver algum tempo em Guarapuava, depois se mudou para Paiquerê, onde casou e teve seis filhos com Miranda Ferreira. A filha dizia, ainda, que depois da morte de Miranda, Olinda teria retornado a Irati.
Tão logo a mensagem e o nome da mãe biológica de Josiane foram divulgados no Meio Dia em Notícia desta terça (4), vários ouvintes começaram a telefonar para a rádio contar que ela morava no Jardim Planalto. Nossa reportagem conversou com dona Olinda logo depois que ela telefonou para Josiane. Ela descreveu a emoção em saber do paradeiro da filha, que disse que sonhava encontrar, mas que não tinha condições de procurar. Olinda afirmou ter ficado muito feliz ao ouvir que a filha a procurava também.
Há 38 anos, Olinda entregou Josiane aos cuidados de uma família de Guarapuava. Mãe solteira e desempregada, se viu obrigada ao gesto para garantir que a filha tivesse uma criação digna.
“Não tinha leite para amamentá-la e não podia trabalhar com ela pequenininha. Não tinha nem onde dormir. Ajeitava uma muda de roupa no chão”, contou. Agora, Olinda vive a expectativa de encontrar pessoalmente a filha, que anunciou que vem a Irati no final de semana com os filhos para conhecê-la.
Olinda contou ainda que, na verdade, ela teve ao todo oito filhos. Ela morava em Guarapuava e, depois que o primeiro marido morreu, veio para Irati. Separada do pai de Josiane, aos 38 anos ela voltou a Guarapuava. Depois da vida sofrida que a levou a entregar a filha para adoção, Olinda diz que hoje tem uma vida bem melhor, cercada pelos outros filhos e pelos netos que eles lhe proporcionaram. Hoje ela vive do que ganha com sua aposentadoria e mora numa casa no Jardim Planalto. “Tenho uma vida mais sossegada, mais feliz”, compara.
Filha conta detalhes da busca pela mãe biológica
Por telefone, a produção conversou com Josiane sobre a expectativa em reencontrar a mãe biológica 38 anos depois. “É muita emoção. Minha vontade era a de ir hoje mesmo aí [a Irati] para reencontrá-la”, conta. Josiane conta que soube do paradeiro da mãe biológica através de uma moradora do Pinhão, que ela pensava ser irmã por parte de pai, mas que depois acabou concluindo que não possuíam parentesco.
Josiane contou que a mãe adotiva nunca contou nada a respeito de sua mãe biológica, até que um de seus irmãos, filho de Olinda, foi atrás dela, quando tinha dez anos. “Ele falou que a Olinda queria que eu voltasse a viver com eles. Daí que eu fiquei sabendo que era adotada. De início, fiquei nervosa, revoltada. Depois, fui pensando, refletindo. Minha vontade de reencontrá-la era muito grande”, explica.
A busca, de fato, pela mãe, começou há 23 anos, quando Josiane tinha 15 anos. Ela ligou para uma pessoa chamada Amazonas, que vivia em Curitiba, para saber os nomes dos outros irmãos e o nome completo da mãe biológica, o que facilitaria a procura.
A ouvinte disse que a emoção foi tamanha que quase não conseguiu conversar com a mãe pelo telefone e não esperava que a resposta fosse tão rápida depois de entrar em contato com a rádio.
Josiane comentou, ainda, a expectativa pelo reencontro com a mãe no final de semana. Ela espera conhecer, ainda, todos os irmãos e sobrinhos na mesma oportunidade.
Para ela, agora a felicidade e a família estarão completas. “É um sentimento tão doído você não saber quem é sua mãe, não saber sua origem. Era aquele vazio. Agora, graças a Deus, vou preencher esse vazio”, concluiu Josiane.   




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