quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Pauliki apresenta plano de trabalho em prol do Centro-Sul



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) Imagem: Diário dos Campos

Márcio Pauliki (PDT) é um dos 54 deputados estaduais eleitos para a próxima legislatura da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). O empresário ponta-grossense, proprietário de uma das maiores redes de varejo do Sul do Brasil, iniciou sua trajetória política nas últimas eleições municipais, em que ficou na terceira colocação durante o 1º turno, na cidade de Ponta Grossa, com 30,01% dos votos. Pauliki estreou na que foi considerada uma das mais acirradas disputas naquele ano, pois os dois candidatos que foram ao 2º turno tinham uma diferença de apenas 1.822 votos (uma vantagem de apenas 1,02% do primeiro colocado para o segundo).
Em 2014, ele foi eleito deputado estadual com 62.762 votos (1,09% dos válidos), sendo que 42.831 deles foram conquistados em sua cidade natal, Ponta Grossa, fazendo dele o candidato mais votado (24,96% dos votos válidos). Mesmo com apenas 646 votos em Irati, foi o sexto candidato mais votado para o cargo no município. Na Amcespar como um todo, alcançou 2.971 votos.
Pauliki participou do Café com Notícias, na Najuá FM, na manhã desta segunda (13), e comentou alguns de seus planos para representar a região dentro da ALEP a partir do ano que vem. Disse que a votação recebida na região e a opção em trabalhar também pelo Centro-Sul se refletem pela campanha realizada aqui, e não só pelo histórico empresarial e social, mas também pela afinidade e pelas origens. “E essa origem não se coloca apenas em Irati, mas em Rio Azul, Rebouças, Prudentópolis e outras cidades tantas em que nós estivemos e tivemos a honra de obter votos de centenas de pessoas”, complementa.
Para ele, estar entre os 12 deputados estaduais mais votados logo na primeira vez que concorre ao cargo é um grande feito, assim como ser o mais votado de uma coligação que emplacou oito candidatos, o que o torna uma liderança da quarta maior bancada da ALEP. “Já estamos conversando aí, tendo contato com a Amcespar, onde teremos uma reunião em breve para que possamos ver todas as reivindicações, todas as questões que nós discutimos ao longo da campanha possam se tornar realidade com a representatividade, de direito e de fato, por toda a região”, anunciou o deputado eleito.
Entre as necessidades que ele diz ter observado nos municípios por onde caminhou ao longo da campanha, defende que as cidades do Centro-Sul precisam de mais “independência” em fatores que considera prioritário. O primeiro deles seria a saúde, no setor de média complexidade.
“Muitas cidades não têm nem maternidade”, pontua o deputado eleito, que aponta que isso implica na necessidade de muitas pessoas em procurar grandes centros para serem atendidas por especialistas. Para ilustrar a situação, ele comentou que viu em uma determinada cidade um outdoor que dizia que “a saúde ia bem” e que alguém acrescentou uma ironia, através de pichação, em forma de protesto: “só se for de ônibus”.
O segundo fator de independência que cidades de menor porte precisam criar, segundo ele, é quanto à oferta de empregos. “Hoje temos no país uma taxa de desemprego de 4,5%. Mas se colocarmos a taxa de desemprego entre os jovens de até 25 anos, chega a quase 14%. E na região Centro-Sul chega a 22%; praticamente ¼ da população jovem e economicamente ativa está desempregada. Precisamos trazer a independência da capacitação técnica para esses jovens e também o emprego”, acredita.
Industrialização
Pauliki sugere que isso seria alcançado com a atração de indústrias, como as do setor moveleiro – com o qual ele possui profundas relações – e outras que tragam emprego e demanda de mão de obra aos jovens. Ele também acredita que investimentos em segurança pública e na extensão dos projetos de contraturno social possam desenvolver as cidades. “Não existe cidade produtiva, progressista, se não for desenvolvida”, destaca.  O deputado eleito cita como exemplos a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde houve industrialização e demanda de mão de obra, mas depois teria desencadeado empobrecimento da população, que migrou para o entorno de Curitiba (a Região Metropolitana de Curitiba- RMC), que Pauliki caracteriza como um “cinturão de favelamento”.
Além disso, ele considera que desenvolvimento econômico não necessariamente reflete desenvolvimento social. Para ilustrar, ele cita a cidade de Telêmaco Borba, que há décadas recebeu grandes investimentos industriais (na área de celulose e papel), que ele considera que poderia ser uma das cidades mais desenvolvidas e, no entanto, é uma das que registram maiores taxas de homicídio e de violência do interior do Estado. Segundo ele, é necessário que o planejamento acompanhe o desenvolvimento e é seu lema de luta pelos municípios do Centro-Sul, dos Campos Gerais e do Norte Pioneiro.
Pauliki destacou que a expressiva votação recebida em Ponta Grossa (42.831 votos), a maior da história ponta-grossense para um só candidato à ALEP, confirma que ele não é representante apenas de um segmento, avalia, ao ressaltar que foi vitorioso em todas as urnas da cidade.
“Pretendemos trabalhar em todas as cidades, com todas as pessoas. E nossa marca registrada será a presença, a assiduidade, a frequência às cidades, podendo conversar com as pessoas. Em breve, estarei na Câmara de Vereadores agradecendo, como também nas Associações Comerciais, nos sindicatos e associações de moradores”, comentou.
Arrecadação de impostos
O deputado estadual eleito diz que não pretende colocar a política à frente das questões técnicas e que, por isso, o primeiro ato que terá a partir do dia 2 de fevereiro (início do expediente da ALEP em 2015) será a abertura da “caixa preta” da arrecadação de impostos nas cidades em que ele obteve votos. “Precisamos saber, junto com os prefeitos, qual é a real arrecadação das cidades. Hoje nós recebemos emendas e verbas dos governos estadual e federal e muitas vezes achamos suficiente. Mas o dia em que compararmos a arrecadação com esse valor que volta, vamos perceber a parcela ínfima que as cidades recebem”, acredita.
Segundo Pauliki, a carga tributária é pesada e precisa ser revertida em favor dos municípios.




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