By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Débora Melo e Janaina Garcia (Portal Terra) – Imagem: Alice Vergueiro (Futura Press)
“Tenho feito campanha da Dilma na periferia de São
Paulo”, disse Erundina. Questionada sobre o erro que acabara de cometer,
a deputada incialmente negou que tivesse pronunciado “Dilma” para,
então, admitir: “Foi ato falho”. As declarações foram dadas antes do
debate entre os presidenciáveis promovido pela Confederação Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida, no interior de São Paulo.
Erundina é uma das fundadoras do PT e foi prefeita de
São Paulo de 1989 a 1992, mas deixou o partido em 1998 para se filiar ao
PSB. Em 2012, chegou a ser anunciada como vice na chapa de Fernando
Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo, mas deixou a candidatura dias
depois, quando o PT se aliou a Paulo Maluf (PP), seu adversário
histórico, para ter mais tempo de TV no horário eleitoral.
A deputada criticou os ataques que o PT tem direcionado a
Marina depois que ela se tornou um risco à reeleição da presidente
Dilma. “Lamentavelmente, aquele PT que nós fundamos, construímos, não
existe mais. Quando eles chegaram ao poder dos espaços institucionais,
se distanciaram daquela utopia, daquele sonho original que era um
processo de mudança da cultura política do País para além do poder, da
conquista de poder”, declarou.
Campanha de Marina
Erundina assumiu a coordenação da candidatura de Marina Silva no dia 22 de agosto, após a saída de Carlos Siqueira, que era coordenador da campanha do então candidato Eduardo Campos e deixou o posto por divergências com a nova candidata. O “ato falho” de Erundina foi cometido quando ela respondia se estava ausente da campanha de Marina.
Erundina assumiu a coordenação da candidatura de Marina Silva no dia 22 de agosto, após a saída de Carlos Siqueira, que era coordenador da campanha do então candidato Eduardo Campos e deixou o posto por divergências com a nova candidata. O “ato falho” de Erundina foi cometido quando ela respondia se estava ausente da campanha de Marina.
“Eu estou ativa, porque inclusive eu estou em campanha
também, à minha reeleição”, declarou. “Esse fim de semana eu fiquei
intensivamente fazendo campanha na zona leste, na zona sul. Fiz também
em Osasco. Tenho dado a minha contribuição à candidata majoritária ao
mesmo tempo em que faço a minha campanha”, acrescentou.
De acordo com Erundina, o PSB levou um tempo para se
reestruturar após a morte de Eduardo Campos. “O partido teve que se
recompor para enfrentar a campanha. Eu vim substituir um companheiro que
se afastou, então não foi um período fácil. Marina como vice era uma
coisa, o seu grupo tinha uma participação em um nível; ela na cabeça de
chapa tem outra participação. Agora são dois grupos políticos que pela
primeira vez atuam juntos para construir uma candidatura e um projeto em
nome de um partido, que é o PSB”, afirmou.
Críticas
Em julho do ano passado, quando Marina tentava registrar a Rede Sustentabilidade como partido, Erundina afirmou, em entrevista, que a ex-senadora “desorganiza” e “deseduca” a política. “A Marina é uma pessoa maravilhosa, mas entra no senso comum da sociedade do ponto de vista de negar a política, negar partido. Tanto que é 'Rede', não é 'partido'. Acho que isso desorganiza, deseduca politicamente. Não há política e não há democracia sem partidos”, disse Erundina, na ocasião.
Em julho do ano passado, quando Marina tentava registrar a Rede Sustentabilidade como partido, Erundina afirmou, em entrevista, que a ex-senadora “desorganiza” e “deseduca” a política. “A Marina é uma pessoa maravilhosa, mas entra no senso comum da sociedade do ponto de vista de negar a política, negar partido. Tanto que é 'Rede', não é 'partido'. Acho que isso desorganiza, deseduca politicamente. Não há política e não há democracia sem partidos”, disse Erundina, na ocasião.
Ontem, antes do debate, a deputada afirmou que Marina é
“muito coerente e muito decidida a cumprir seu papel na história do
nosso País”. Sobre a entrevista de um ano atrás, Erundina disse que nada
mudou. “Minhas posições a respeito daquelas questões são as mesmas. Eu
não estou revendo posição nenhuma minha. Por outro lado, coincido e
muito da proposta que ela está colocando em debate com a sociedade. Por
isso que eu estou nesse projeto. E é o projeto do meu partido”, afirmou.
Questionada se não lhe “entristecia” o fato de Marina
não ter incorporado em seu programa a proposta de casamento civil
igualitário, uma demanda do movimento LGBT, Erundina disse que é preciso
fazer política “dentro do possível”. “A política, meu irmão, tem que se
dar de forma dentro do possível, do real, do que está se dando no
momento. O momento da política é esse: é a gente estar disputando a
Presidência da República com um projeto que sinaliza com uma perspectiva
de mudança de cultura política, da forma de ser governo e gerenciar o
Estado”.
E a Marina tem condições de governar? “Não ela sozinha. Ninguém, sozinha”, encerro
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS
IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU
CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.