segunda-feira, 21 de julho de 2014

Adrianópolis vira praça de guerra durante assalto a banco



By: INTERVALO DA NOTICIAS


Pelo menos 8 bandidos fortemente armados de fuzis, escopetas e pistolas invadiram a pacata cidade de Adrianópolis, localizada a 130 km de Curitiba, quase na divisa com o estado de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (21). A cidade tem cerca de seis mil habitantes, e conta com um destacamento da Polícia Militar localizado na avenida principal. Do outro lado da rua, bem em frente ao destacamento, ficam as únicas duas agências bancárias da cidade.
O plano dos marginais tinha tudo para dar certo, por volta das 3h45, eles cercaram o destacamento da Polícia Militar onde no momento só haviam dois policiais de plantão durante a madrugada. Foi então que eles iniciaram um tiroteio que parecia não ter fim. Um dos bandidos ficou em uma das laterais do destacamento efetuando disparo de pistola calibre 380. Na outra lateral, outro armado de pistola atirava contra as janelas laterais. Enquanto isso, outros quatro cuidavam da frente do destacamento, atirando de escopeta calibre 12, fuzil e pistola. Eles gritavam ameaçando os policiais dizendo que eles iriam morrer e para eles permanecerem deitados.
Enquanto efetuavam dezenas de disparos, outros bandidos do grupo colocaram explosivos em dois caixas eletrônicos de uma agência do Banco do Brasil. Outro do grupo invadiu a agência do Banco Itaú localizada ao lado e foi até o cofre principal com bastante explosivo. Alguns minutos depois foram ouvidas duas detonações, nos caixas do Banco do Brasil. Devido a má colocação dos explosivos eles não tiveram sucesso em abrir os cofres desses caixas eletrônicos que ficaram danificados apenas a parte externa.
Cerca de 15 minutos se passaram, e os disparos continuavam. Os planos da quadrilha começavam a ir por água abaixo, eles estavam atrasados e tinham problema com a carga explosiva utilizada no banco Itaú. Um casal que seguia pela avenida principal em dois carros, não sabia o que estava acontecendo ali, avistou os rapazes armados na rua e acreditou que era uma blitz. Ele parou o carro, um Fiat Strada e sua esposa que seguia em outro veículo parou também. Foi quando os marginais foram para cima do veículo e fizeram eles descerem do carro. Eles foram levados para frente da agência do Itaú onde serviram de escudo humano, para evitar um possível revide dos policiais.
No fundo do destacamento, dois policiais militares se escondiam e falando baixo ao telefone, ligaram para policiais de Tunas do Paraná, Bocaiuva do Sul e Curitiba, informando a situação do que estava acontecendo. A cidade mais próxima, Tunas do Paraná fica a 50 km de Adrianópolis e só conta com uma viatura. O tenente Werner do 22° Batalhão ordenou que os policiais não deslocassem sozinhos para lá, devido os riscos, pedindo assim que eles ficassem todos reunidos na BR-476, na Estrada da Ribeira, junto com policiais que estavam indo de apoio de Colombo e Bocaiuva do Sul.
Mais 15 minutos se passaram de disparos e ameaças, com o casal sendo utilizado como escudo, e após cerca de 35 minutos, eles não conseguiram detonar a carga explosiva colocada no cofre principal do banco Itaú. Utilizando um veículo Tucson de cor prata e um uno modelo novo também de cor prata, eles fugiram pela Estrada da Ribeira sentido Curitiba.
Já na divisa com São Paulo, sobre a ponte do Rio Ribeira, a quadrilha colocou os chamados “miguelitos” sobre a pista. Eles são pregos adaptados e soldados feitos para furar pneus de veículos. Eles fizeram isso para evitar que policiais de São Paulo vindos da cidade de Apiaí, localizada a 30 km de Adrianópolis pudesse surpreendê-los. Antes mesmo dos policiais, moradores da região que passaram pelo local tiverem os pneus dos veículos furados.
Após fugir pela Estrada da Ribeira, o grupo efetuou diversos assaltos a motoristas que encontravam pelo caminho e teriam roubado outros veículos para a fuga. Até o momento eles não foram localizados.
Pelas calçadas e pela avenida principal de Adrianópolis, dezenas de estojos de pistola, escopeta e fuzil ficaram espalhados. Alguns moradores que de suas casas visualizaram a ação comentaram nunca ter visto nada parecido na cidade.
Os policiais que se abrigaram no fundo do destacamento não ficaram feridos. Já a fachada do local, ficaram as marcas das dezenas de disparos que perfuraram as vidraças e marcaram as paredes.
Homens do Esquadrão Anti-bombas foram até o local para recolher o artefato explosivo que deixaram na agência. O grupo fugiu sem levar nada dos dois bancos. A polícia agora busca pistas para tentar descobrir de onde vieram e quem são esses bandidos que durante mais de meia hora aterrorizaram a cidade de Adrianópolis.

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